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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Conselho Tutelar de Pilõezinhos realizou mobilização pelo Dia Nacional de enfrentamento ao Abuso e à Exploração contra a Criança e Adolescentes.

Na tarde desta Quarta-feira, 18 de Maio na Câmara Municipal da cidade de Pilõezinhos, O Conselho Tutelar através do Presidente Josinaldo Cassiano e dos Conselheiros: Mizael, Gessana, Manoel e Naíde,  realizaram uma mobilização para lembrar o dia Nacional de enfrentamento ao Abuso e à Exploração contra a Criança e Adolescentes. Com o Tema "Esquecer é Permitir, Lembrar é Combater. Na oportunidade estiveram presentes apoiando esta mobilização, o Presidente do Conselho dos Direitos da Criança e Adolescentes (CMDCA) Jaílson Maia, Secretária de Ação Social Dione de Fátima, Psicologa do Crás Danila Alves além da Equipe do CREAS através da coordenadora Romênia, Psicólaga Roselly e da Educadora Hosana. 

Os alunos e Professores da Rede Estadual e Municipal se fizeram presentes e participaram de uma caminhada pelas principais ruas da cidade. 

Vejam as fotos do Evento: 





Psicóloga Roselly - Palestra 
Caminhada com os Alunos pelas ruas 



Vejam um pouco da História deste dia :
Araceli Cabrera Sánchez Crespo  18 de maio de 1973) foi uma criança brasileira assassinada violentamente em 18 de maio de 1973 por Paulo Constanteen Helal e Dante Michelini. Seu corpo foi encontrado somente 6 dias depois, desfigurado por ácido e com marcas de extrema violência e abuso sexual. Os autores do crime, pertencentes a famílias influentes do Espírito Santo, jamais foram condenados, mesmo com fortes evidências de que este não foi o primeiro crime da dupla. Posteriormente, a data da morte de Araceli foi transformada no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes pelo Congresso Nacional.

O crime

Araceli era a segunda filha do eletricista Gabriel Crespo, e da boliviana radicada no Brasil Lola Sánchez. Viviam numa casa modesta, na rua São Paulo (hoje rua Aracele Cabrera Crespo), no bairro de Fátima, na cidade de Serra, vizinha à Vitória[1] [2] . Em 18 de maio de 1973, a ausência de Araceli foi notada pelo pai quando a menina não voltou para casa depois da escola, o Colégio São Pedro, em Vitória[3] . Pensando se tratar de um sequestro, distribuiu fotografias da filha aos jornais locais[3] .
O corpo da menina Araceli foi encontrado 6 dias depois, nos fundos do Hospital Infantil de Vitória (Hospital Jesus Menino)[4] . Uma das hipóteses era de que a menina teria sido mandada pela mãe para entregar um envelope a Jorge Michelini, tio de Dantinho, um dos suspeitos de sua morte[4] . Chegando lá, os acusados a teriam drogado, estuprado e assassinado num apartamento do Edifício Apolo, no centro de Vitória[4] . Porém, de acordo com a promotoria (e depoimento de Marislei Fernandes Muniz), Araceli esperava o ônibus depois da escola, quando Paulo Helal, que estava em seu Mustang branco, pediu para Marislei dizer à menina que "Tio Paulinho" a chamava para levá-la para casa.
Foi comprovado que a menina foi mantida em cárcere privado por 2 dias, no porão e no terraço do Bar Franciscano, que pertencia à família Michelini. Tudo sendo do conhecimento de Dante Michelini, pai de um dos acusados, conhecido como Dantinho. Os rapazes, sob efeito de barbitúricos, teriam lacerado a dentadas os seios, parte da barriga e a vagina da menina[4] . A menina foi levada agonizante ao Hospital Infantil, mas não resistiu. Os acusados ainda permaneceram com o corpo; mantiveram-no sob refrigeração e jogaram-lhe um ácido corrosivo para dificultar a identificação do cadáver de Araceli[4] . Em seguida, jogaram os restos mortais da menina num terreno próximo ao mesmo Hospital Infantil.
Os suspeitos do crime eram pessoas pertencentes a duas famílias influentes do Espírito Santo. Os nomes dos envolvidos no caso eram Paulo Constanteen Helal, conhecido como Paulinho, e Dante Michelini Júnior, conhecido como Dantinho. Este último era filho do latifundiário Dante Michelini, influente junto ao regime militar[4] , enquanto Paulinho era filho de Constanteen Helal, de família igualmente poderosa. Eles eram conhecidos na cidade como usuários de drogas que violentavam garotas menores de idade. O bando teria sido responsável também pela morte de um guarda de trânsito que havia lhes parado[4] . Ambos foram citados nos artigos 235 e 249 do Código Penal.[5] Também foi apontada como suspeita a própria mãe de Araceli, Lola Sánchez, que teria usado a própria filha como "mula" para entregar drogas a Jorge Michelini.[3] Lola seria um contato na rota Brasil–Bolívia do tráfico de cocaína, e desapareceu de Vitória em 1981[3] , residindo atualmente em seu país de origem. O pai de Araceli, Gabriel Crespo, faleceu em 2004[1].
Apesar de Paulo e Dantinho serem os principais suspeitos, e de haver testemunhas contra eles, jamais foram condenados pela morte da Araceli. De acordo com o relato deJosé Louzeiro, autor do livro Araceli, Meu Amor, o caso produziu 14 mortes, desde possíveis testemunhas, até pessoas interessadas em desvendar o crime[4] . Ele próprio, enquanto investigava o crime em Vitória para produzir seu livro-reportagem, teria sido alvo de uma tentativa de "queima de arquivo". De acordo com ele, um funcionário do hotel onde o escritor estava hospedado, pertencente à família Helal, teria lhe alertado de estar correndo risco de morte[4] . A partir de então, Louzeiro passou a preencher ficha num hotel e se hospedar em outro[4] .

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